O impacto do coronavírus chegou para surpreender a todos, e já é um dos maiores desafios da humanidade. No início deste processo, nos deparamos com o adoecimento e a mortalidade causados pelo coronavírus em si, realidade que permanece sendo uma grande preocupação para cientistas e pesquisadores, momento esse também considerado como a primeira onda. Em segunda instância, nos deparamos com a restrição de recursos e a reorganização do sistema, que afetaram substancialmente a sociedade com outros problemas de saúde, e que ainda não conseguiram ser atendidos proporcionalmente, devido às atenções focadas ao surto ofensivo da Covid-19. Existe ainda, uma terceira onda, quando presenciamos a interrupção nos tratamentos de enfermidades crônicas, que pela natureza do que representam, exigem acompanhamento efetivo e diferenciado, que são os casos de pacientes com câncer, doenças cardíacas e respiratórias.
Enquanto trabalhadores, não somos simples agentes manipuladores de uma força produtiva, precisamos considerar todas as variáveis inseridas nos processos de trabalho, assim, associando os limites humanos a serem respeitados, sem que nos falte a maturidade profissional para gerirmos os nossos atos, e a compreensão de que longe de sermos “máquinas”, somos “organismos” passíveis de adoecimentos e falhas. O autoconhecimento, é a base primordial, capaz de neutralizar grande parte dos transtornos mentais de um indivíduo.